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Sobre a visita do Papa Francisco a Timor Leste, o testemunho da irmã Cristina Macrino

Stella | 16-09-2024 Sobre a visita do Papa Francisco a Timor Leste, o testemunho da irmã Cristina Macrino

“A mensagem do Papa que mais me tocou foi dizer que o mais importante de Timor Leste é o povo, o povo amado, a quem servimos, o povo que é a face desta nação", partilha a irmã Cristina Macrino após a visita do Papa à Ásia, no início de setembro.


“É a partir deste amor que o Papa mostrou por Timor Leste - ele próprio diz que se sentiu apaixonado por Timor Leste - que o nosso futuro parte, desta dedicação e amor ao povo”, testemunha a irmã Cristina Macrino. 

A irmã Cristina Macrino reside em Timor Leste há 12 anos, mais propriamente em Memo, na diocese de Maliana, distrito de Bobonaro, onde a Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima tem ao serviço da população e da Igreja local a Fundação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima em Timor.

Não foi possível à irmã Cristina participar presencialmente em nenhuma celebração ou evento integrado diretamente no programa da visita do Papa Francisco a Timor Leste, entre 9 e 11 de setembro, mas isso não significa que a irmã Cristina Macrino não tenha acompanhado este importante momento de forma próxima.

“Foi uma visita muito comovente, muito bem preparada durante muito tempo, muito esperada pelo povo de Timor”, partilha a religiosa acrescentando que “Timor Leste superou com sucesso esta visita, absolutamente, na preparação, na ordem, na organização, na forma acolhedora como acolheu o Santo Padre”.

A irmã Cristina Macrino acompanhou os diferentes passos do percurso do Papa por Timor Leste através dos meios de comunicação do país e pelos meios de comunicação do Vaticano, mas também pelos muitos relatos e fotografias que recebeu dos seus amigos que tiveram a felicidade de poder estar mais próximos de Dili.

“Foi uma grande emoção para toda a gente, desde o povo simples do dia a dia até aos políticos. O senhor Xanana Gusmão [Primeiro-Ministro] e o senhor Presidente da República [José Ramos-Horta] acompanharam absolutamente todos os passos do Papa, com muito carinho, com muita atenção, com muito acolhimento”, comenta irmã Cristina Macrino, que este ano celebra trinta anos de profissão religiosa.

Em concreto sobre a mensagem do Papa Francisco em Timor, a irmã destaca que “em todas as situações […] a sua mensagem foi sempre de esperança, de alegria, de reconhecimento que o povo de Timor Leste tem a sua fé inquebrantável, uma fé afetiva, uma fé forte, uma fé sem preconceitos”.  

Esta forma que o povo timorense teve de mostrar a sua fé ao Papa e ao mundo “é para nós uma grande lição, para nós missionários, que estamos cá, e é ao mesmo tempo um incentivo e uma esperança para o futuro”.

“Ser católico em Timor Leste é um privilégio e é também uma esperança para a nossa felicidade, para a nossa dedicação em cada dia e em cada momento, porque os timoreses têm este reconhecimento à Igreja e dedicam-se de alma e coração”, refere a irmã Cristina.

A Fundação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima em Timor está em Timor Leste desde outubro de 2011, onde serve a população nas áreas social, educacional e da saúde, além da colaboração pastoral dada à Igreja local. Neste âmbito, a Fundação tem sob a sua responsabilidade a Clínica Madre Cecília dos Santos e o Centro Social Padre Manuel Nunes Formigão, que inaugurou em junho desde ano novas instalações.

Imagem: uma das muitas imagens e fotografias que a irmã Cristina recebeu dos amigos durante a visita do Papa Francisco a Timor